Lagoas Anaeróbias

Realizam a estabilização da matéria orgânica sem a existência de oxigênio dissolvido, através de digestão ácida e fermentação metânica. A digestão ácida é realizada pelos microrganismos facultativos e bactérias acidogênicas sendo produzidos material celular e compostos mal cheirosos (gás sulfídrico, mercaptanas). A fermentação metânica é realizada pelas bactérias anaeróbias e metanogênicas que transformam os ácidos formados na etapa anterior em metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2), nessa etapa os maus odores desaparecem e há formação de escuma cinzenta. As lagoas anaeróbias possuem profundidade elevada, de 3,00 a 5,00 m, impedindo que haja a fotossíntese e o tempo de detenção para esgoto doméstico é de 2 a 5 dias para minimizar problemas de odor. No sistema de lagoas em série, denominado Sistema Australiano, as lagoas anaeróbias são utilizadas a montante da lagoa facultativa e dessa maneira diminuem a área necessária para tratamento e melhoram a capacidade de absorver cargas de choque, sendo verificada eficiência na remoção de DBO de 75 a 85% e de SS de 70 a 80%.


Fonte: CETESB, Fundamentos do Controle de Poluição das Águas, 2018

A CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo é a agência do Governo do Estado responsável pelo controle, fiscalização, monitoramento e licenciamento de atividades geradoras de poluição, com a preocupação fundamental de preservar e recuperar a qualidade das águas, do ar e do solo. A CETESB é um dos 16 centros de referência da Organização das Nações Unidas – ONU para questões ambientais, e referência nacional na regulamentação abiental. A presente publicação foi elaborada como material orientador do curso de pós-graduação da companhia em Conformidade Ambiental com Requisitos Técnicos e Legais.

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